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2 Palmos de Reflexão

2 Palmos de Reflexão

28
Nov18

Uma praxe "à portuguesa”

Pedro Almeida

Provavelmente, já terão notícias de praxes abusivas, por exemplo, quando em 2015, vários estudantes caloiros da Universidade do Algarve foram levados para a Ria Formosa para nadarem, e posteriormente levados para o areal onde foram obrigados a cavar buracos profundos. Contudo, é aqui que começa a lamentável notícia com contornos criminais, visto que enterraram todos os caloiros até à cabeça e deram-lhes a beber bebidas alcoólicas até não aguentarem mais. Isto é a típica praxe portuguesa, apesar de haver bons exemplos de praxes de integração dos caloiros noutras universidades.

 

Penso que já se esqueceram do sucedido na praia do Meco e nestas situações não pode haver tolerância por parte de todos os órgãos que zelam pela segurança, não só pelos alunos(as) enquanto cidadãos mas também enquanto caloiros. Não consigo entender onde é que aqui existe integração, motivação ou socialização... aqui apenas existiu humilhação dos estudantes caloiros e estupidez e dominância por parte dos veteranos da Universidade.

 

Será que os veteranos daquela Universidade não sabem o que quer dizer integração? É preciso humilhar as pessoas? Se o principal papel dos veteranos é ajudar e receber os caloiros, porque existe este carácter de dominância? São perguntas em que não consigo obter uma resposta racional porque simplesmente não existem respostas que possam encerrar este assunto. 

 

Ano após ano, vemos caloiros a serem sexualmente assediados, a ficarem em coma alcoólico por implicação/obrigação dos mais velhos, a serem insultados e arrastados por cima de excrementos de animais, e o que vejo é a nossa sociedade de olhos fechados, sem impor o respeito e a integração que deveria haver e sem instaurarem processos de investigação complexa com penas criminais para os responsáveis. Pelos vistos, em Portugal o significado de “praxe” está a ser dominado pela minoria das situações exageradas e quase sempre sem grandes implicações jurídicas.

 

Eu fui caloiro escsiano e peço que encontrem as diferenças que existem entre a praxe feita na Universidade do Algarve e a praxe feita na Escola Superior de Comunicação Social, em que juntaram todos os cursos existentes para uma maior integração. Tudo isto para dizer que tenho orgulho na Escola Superior de Comunicação Social (falando por experiência própria e não devo ser o único com esta opinião). 

Houve apenas integração em vários grupos/equipas em que socializávamos entre nós, e os próprios veteranos ensinavam-nos o verdadeiro significado de “integração”, “socialização”, “motivação” e mais importante que tudo “união” sem nunca sermos insultados, humilhados ou enxovalhados.

24
Nov18

A Arte de Escrever

Pedro Almeida

É cómico o facto de nós escrevermos todos os dias, através de diversos meios como o telemóvel, imprensa, computador, entre outros meios, mas será que já parámos para pensar no simples ato de escrever e perceber tudo o que envolve este ato tão banal do dia-a-dia das pessoas? Para além de mim, milhares de pessoas usam a escrita para se exprimirem, é uma ótima fonte para alargar os nossos horizontes e para todos saberem o que sentimos, mas… Será que só escrevemos grandes textos para os outros verem? Será que há vários tipos de escrita?

 

Óbvio que existe vários tipos de escrita, textos grandes onde é valorizada a coerência, poemas onde é valorizada o sentido da palavra que é usada, letras de música onde é valorizado o próprio conteúdo e tudo aquilo que nos transmite, o diário onde é valorizado o nosso dia-a-dia e todas as nossas vivências. Uma pergunta para todos vós, todos temos problemas na nossa vida não é? 


Por mais grave que seja, temos sempre e todos nós sabemos disso, e necessitamos por vezes de exprimí-lo para arranjar soluções, nem que seja só para articularmos o nosso próprio problema. Eu por exemplo, uso a escrita para expressar neste caso problemas da atualidade, sobre sentimentos que são problemas que temos sempre na nossa vida, sobre tudo o que assombra a nossa sociedade ou até exprimir a opinião que tenho sobre algo.

 

A escrita é algo que deveria ser sempre bastante valorizada, tem um grande valor na nossa sociedade e até nas nossas capacidades como seres-humanos, o facto de nos conseguirmos exprimirmos através de algo que é divulgado e compreendido por toda a comunidade em que vivemos, é simplesmente fenomenal, porque temos sempre uma forma universal para divulgarmos os problemas entre todos nós, uns mais graves, outros mais ligeiros, mas sempre problemas que necessitam de uma solução.

 

Porém, apesar de a escrita ser quase como uma linguagem universal, não em termos de entendimento mas em termos de utilização em todos os países apesar das diferenças existentes, em alguns países, nos carateres, idioma, entre outros elementos que podem tornar a escrita complexa ou incompreensiva de país para país.

 

A escrita pode ser a maior solução dos nossos problemas visto que ao divulgá-los, de qualquer das maneiras, iremos receber ajuda de alguém (algo que necessitamos sempre). Para além desta divulgação, a escrita é um valor fundamental da nossa vida, com a escrita podemos chegar a mundos impossíveis, em que por vezes só o próprio escritor lá consegue chegar.

17
Nov18

Eutanásia – A "Morte" Consciente

Pedro Almeida

A eutanásia é a teoria/prática que defende que um doente incurável possa pôr término á sua vida (de forma ativa e consciente, ou de forma passiva em que o médico o pode fazer caso não tenha meios para fazer o seu paciente sobreviver). É um tema bastante converso com o qual a nossa sociedade tem de se debater no dia-a-dia, isto porque, a vida é um bem sagrado que todos nós temos e poderá ser moralmente incorreto acabar com ela. 


Sendo que temos duas perspetivas bastante similares, a ética médica que considera que a eutanásia de forma passiva é homicídio por parte do médico (que assistiu e permitiu a morte do seu paciente) e a ética religiosa que considera que a eutanásia de forma ativa é usurpação do direito à vida humana (não podemos acabar com a nossa própria vida visto que é um bem sagrado tal como já tinha referenciado).

 

Eu considero que deveria haver eutanásia dependendo das situações e da opinião do próprio paciente, nós não temos qualquer legitimidade para manter uma pessoa a sofrer, de forma crónica, dores que apenas ela sente. É verdade que há situações em que os conhecimentos medicinais existentes podem ajudar mas há outras situações que pouco ou não nada ajuda, temos de ser suficientemente profissionais e civilizados para pôr em prática ou não um assunto como este.

 

Imaginemos: “Uma pessoa de 75 anos está internado no hospital e sofre de uma doença crónica desde os 50 anos, que ao longo destes 25 anos tem vindo a piorar, provocando dores físicas insuportáveis, falta de memória, vómitos, tonturas, enxaquecas crónicas e bipolaridade extrema”, é errado esta pessoa pôr fim à sua vida? Está esta pessoa a pôr em causa toda a sua condição humana através de uma simples morte consciente? Porque é que uma pessoa que sofre dores insuportáveis não pode pôr fim à sua vida? Não poderão haver situações “especiais” e excecionais em que a pessoa poderá acabar com a sua vida?

 

Em todo o tipo de situações e em todo o tipo de problemas bioéticos deveriam haver exceções, porque na sociedade moederna é normal alguém necessitar de pôr em prática, por exemplo, a eutanásia. Muitos dos governos de certos países preocupam-se mais com a economia do seu bolso e com a corrupta política que põem em prática, porém se fossem os seus familiares próximos a passar por uma situação destas é óbvio que poderiam abrir uma exceção.

14
Nov18

Carnifaria “Parisiense”

Pedro Almeida

“Uma simples rotina para o EI, uma horrenda carnifaria para a Humanidade”

 

O dia 14 de Novembro de 2015, podia ser um dia normal e rotineiro como os outros mas não… é um dia de profunda tristeza e ódio pelos que assassinam cidadãos inocentes apenas por prazer. É certo e sabido que o atentado, que vitimou mais de 128 pessoas e feriu outras 350, será recordado como um dos piores a ocorrer na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

 

Quando todos pensamos que o Estado Islâmico e os seus militares jihadistas estão “adormecidos” ou derrotados, é quando eles executam as suas missões horrendas de espalhar sofrimento, dor, sangue e tudo o que provém da carnifaria pela qual lutam intensamente. A Europa ainda não se apercebeu que o Estado Islâmico é como um urso, a hibernar e planear os ataques/atentados, como uma águia, ao observar o ocidente, e como um lobo, assim que ataca em matilha diversos alvos.   

 

Temos aqui uma prova de que a mente humana pode ultrapassar, de forma positiva ou negativa, qualquer sofisticação/barreira tecnológica apenas com alguns meios. Meios esses que consistem na inteligência de usar métodos que as pessoas ditas normais, não conseguem pensar por uma razão muito simples: eles nasceram para matar, nós nascemos para viver

 

O Estado Islâmico é o conjunto de militares dotados de mecanismos mortíferos que pouco ou nada se importam com as vidas perdidas na guerra contra o ocidente, isto é, os seus objetivos não passam por proteger o seu território na Síria mas sim por arrasar a França, a Inglaterra, a Alemanha ou os Estados Unidos da América.

 

O povo ocidental preocupa-se imenso com os refugiados da Guerra, uma atitude de louvar ou apenas uma maneira de “demonstrar compaixão”, mas é desprovido de segurança e cuidado no que toca a proteger as suas fronteiras… É difícil controlar um fluxo de 5.000 indivíduos por dia, mas o dinheiro que gastam em coisas inúteis poderiam gastar em reforços policiais, fronteiras de alta segurança, entre outros mecanismos.

 

De que vale a existência da livre circulação de pessoas ou bens se isso traz miséria, sofrimento, destruição e terrorismo? Não pode haver livre circulação de pessoas ou bens mas ao mesmo tempo mais segurança? Não temos de ser islamitas/extremistas ao ponto de fechar fronteiras como as Coreias mas também não podemos ser pacatos como se nada de mal fosse acontecer.

 

Só nos resta esperar e lutar por uma Europa justa mas providenciada de segurança, inteligência, controlo. É preciso aproveitar os trunfos humanos e juntá-los não só ao instinto de sobrevivência mas também ao processo de socialização existente.

10
Nov18

Um “mergulho” na Sociedade pouco Feminista

Pedro Almeida

Todos os dias penso que estamos numa sociedade modernizada e civilizada mas não, o papel da mulher permanece quase intacto, tendo mais deveres do que direitos. A sociedade, aparentemente liderada pelos homens, “esmaga” a presença da mulher, “empurrando-a” para caminhos difíceis e com diferentes obstáculos, onde é discriminada pelo próprio meio-social onde nascem ou habitam.

 

Em termos psicológicos, o pensamento dos homens é algo muito natural e previsível, olhando para a mulher como um mero objecto sexual e de trabalho, com uma natureza física totalmente diferente. Focando-se assim, nos pontos fracos do sexo feminino, de modo a puder “controlar” este ser a seu bel-prazer, ou seja, tudo está feito para a mulher tenha de ultrapassar obstáculos a cada situação do dia-a-dia, chegando a ser habitual este mesmo comportamento masculino.

 

Porque é que a mulher tem menos oportunidades de trabalho? Porque recebem menos dinheiro? Porque têm menos direitos? Porque são maltratadas e violadas, sem haver mais proteção? Todas estas questões podiam ter uma resposta se fossemos realmente interessados pelo papel da mulher, mas são tão complexas que a nossa sociedade, mesquinha e “masculina”, não se dá ao trabalho de criar soluções plausíveis e igualitárias.

 

Desde o início da humanidade que a mulher é vista apenas como objeto sexual e de trabalho escravo ou lida de casa. Pensem comigo, caros leitores, é a mulher que aguenta 9 meses para nos fazer viver, é a mulher que limpa a sujeira que fazemos, é a mulher que nos trata desde que nascemos, é a mulher que se esforça para ter direitos, é a mulher que nunca desiste mesmo quando tudo é “negro” para ela nesta sociedade, mas mesmo assim são os homens o género dominante e com a atitude discriminatória, tal como se fossem os “reis” do planeta Terra.

 

A mulher tem um simbolismo tão especial que talvez a sociedade sinta a necessidade de eliminar todo esse dom, não podemos encontrar uma explicação racional e lógica para este tipo de discriminação, porque se a discriminamos por ser diferente de nós, esquecemos que também somos diferentes delas. A mulher começou a trabalhar e a lutar pelos seus objetivos quando os homens foram para as guerras mundiais, e a partir daí nunca mais parou a sua luta pela liberdade, atingindo recordes que nunca a humanidade em si irá conseguir atingir.

 

É vergonhoso a forma como as mulheres são discriminadas, elas sentem-se constrangidas quando são violadas, sentem-se “presas” quando não têm liberdade ou perdem a sua “identidade, sentem-se “menosprezadas” quando a cada situação do dia-a-dia têm de ser fortes e ultrapassar cada obstáculo colocado à sua frente.

 

Somos todos iguais em termos de direitos e deveres, ninguém tem de ser “pisoteado” no quotidiano por ser diferente em termos de género, será que temos razão para tratar a mulher de forma errada? Todos nós somos ser-humanos e não podemos viver em sociedade de forma absurda, não podemos olhar para as limitações dos outros, neste caso da mulher, quando todos nós somos limitados em alguma coisa.

 

Acham mesmo que a natureza física da mulher é diferente da nossa? Existem mulheres a jogar futebol, a ganhar medalhas de atletismo, a serem bem sucedidas na política e nas grandes empresas, a ganharem o prémio Nobel, e muito mais. Agora digam-me, onde é que ela é diferente? A única diferença que a mulher tem dos homens, é a força de vontade logo ao acordar para mostrar a sua coragem e “destruir” ou eliminar cada barreira/obstáculo que se coloque.

 

A vida é só uma e temos de fazer as pessoas viver bem, felizes e sem preconceitos. Tudo o que fazemos hoje, irá ter uma consequência amanhã, seja positiva ou negativa.

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